Como se comunicar e vender para a Geração Y, os jovens adultos com poder de compra de mais de U$ 3 trilhões

Geração Y, Geração On-line, Geração Internet, Geração Conectada, Nativos Digitais, Millennials. Esses são alguns dos nomes dados a esta galera que nasceu junto com a internet e viu o mundo mudar num piscar de olhos.

Quando começa e termina exatamente essa geração, é questão de ponto de vista. Howe e Strauss (1991) definem que os Ypsilons nasceram entre 1980 e 2001. Cerbasi e Barbosa (2009) delimitam entre 1979 e 2000. Tulgan (2009) também acredita no término em 2000, mas crava o início da geração em 1978. E, pra finalizar, Tapscott (1999) diz que o início se dá em 1977 e o término em 1997.

Não importa como você vai os chamar ou o ano exato em que começa ou termina essa geração. O fato é que estes jovens adultos que estão tomando conta do mercado de trabalho e consumindo cada vez mais, devem começar a ser o foco da estratégia de muitas marcas. E é essencial aprender como conversar com esse público e decifrar todos os mistérios dessa geração.

 

Como surgiu essa que é a geração mais caótica de todos os tempos?

O título não é exagero. Os millennials nasceram em um mundo pós guerra-fria, onde a globalização tomava forma e as tecnologias ficavam acessíveis a muito mais gente. Tudo mudou bem na vez deles.

Eu sou um Y, nasci em 1990, posso dar aqui meu relato e, se você também for um dos meus, vai entender e se identificar.

O começo da década de 90, especialmente no Brasil, foi de grandes mudanças. Passamos a ter um governo “democrático” eleito pelo voto, a inflação foi controlada e tivemos o lançamento de uma nova moeda que perdura forte até hoje. O comércio internacional se intensificou e, com isso, passamos a viver num país com economia mais estável e, então, pudemos usufruir de mais crédito e facilidades para adquirir nossos bens e serviços.

Vimos as Enciclopédias serem substituídas pelo Cadê, Yahoo e o Google. A bolinha de gude, as figurinhas, o futebol na rua e o esconde-esconde deram espaço aos videogames, computadores e a recém-nascida internet.

Os nossos amigos não estavam mais restritos aos colegas da escola e os amigos do bairro. A gente podia conversar com gente que nunca veria. Nutrir amores platônicos por uma menina (que talvez nem fosse menina). Shit Happens!

Ficou fácil se conectar com qualquer pessoa em qualquer lugar, ter vários “amigos” e, principalmente, ficou moleza se desconectar de qualquer pessoa. Brigou com o amiguinho? Exclui do Orkut e bloqueia no MSN.

É tanta informação e ideias novas, que a gente já nem sabe mais direito qual é a tradução de “família”. O preconceito contra qualquer pessoa, seja por raça, credo ou opção sexual já não é mais tolerado. Na vida profissional, a gente já não acredita mais nas fórmulas ensinadas por nossos pais de que devíamos trabalhar por muito tempo em uma empresa, fazer bastante dinheiro, para poder ter um bom aposento.

O mundo mudou e mudou rápido. E toda mudança abrupta causa caos, deixa marcas, derruba aqueles que estão desprevenidos.

Mas nós, da Geração Y, sobrevivemos a todas essas mudanças. Nos adaptamos. E agora estamos tomando conta dos cargos de chefia, criando as startups que ditam as regras do mercado e movimentando a roda da economia. É por isso que as marcas precisam aprender a se comunicar e vender pra gente.

 

O que pensa e deseja a Geração Y?

Estes nativos digitais realmente são diferentes e apresentam particularidades. Bauman (1999, p.102) já dizia que

“Os consumidores dos tempos modernos, avançados ou pós-modernos são caçadores de emoções e colecionadores de experiências”.

A propaganda tradicional que impacta, persuade e convence, já não é suficiente. É preciso informar, engajar, envolver e entreter. É preciso ir além do básico. Nós, Millennials, queremos experiências, novas sensações, queremos nos sentir únicos e queremos sentir que estamos fazendo a diferença, até mesmo quando consumimos um produto.

 

Se você quer se comunicar e vender para um Y, precisa saber de algumas coisas.

  1. Não queremos ser interrompidos – Por isso, não jogue um pop up no meio da minha cara! Não venha ligar pra minha casa ou celular oferecer um produto que eu não quero. Não me encha o saco! Quando EU quiser comprar algo, EU vou comprar. Entendeu? Pare de VENDER e me deixe COMPRAR. Se você não consegue entender essa sutil diferença… seu negócio nunca vai fazer sucesso com os Millennials.
  2. Nós somos otimistas e acreditamos no nosso sucesso – A minha geração acredita que tudo vai dar certo, basta ter foco, força e fé. Confiamos nas nossas habilidades e na nossa capacidade de estudar e nos aperfeiçoar para superar os obstáculos.
  3. Acreditamos em relatos de outras pessoas e cada vez menos em propagandas – Nossa geração aprendeu a decifrar propagandas e estratégias de marketing que só buscam vender, sem se importar com o cliente. Vimos nossos pais serem hipnotizados pelas propagandas. A internet nos deu acesso a informação e nos deixou mais espertos. Por isso a Geração Y prefere ler os comentários de quem comprou um produto ou usou um serviço pra saber se vale a pena ter também. Se todo mundo reclama da sua empresa nas redes sociais e por toda a internet, nós não vamos nos arriscar a comprar o que você vende. Sorry!
  4. Nós somos digitais e conectados – Nós nascemos junto com as novas tecnologias, por isso somos amantes de tudo que surge nesta área. Por isso, se sua empresa quer se relacionar com estes Nativos Digitais, precisa estar nas redes sociais, precisa ter sites responsivos, precisa pensar na melhor experiência para o usuário e deve sempre estar atento a tudo que aparece. Perder o hype de um novo gadget ou app pode também te fazer perder muito dinheiro.
  5. Nós queremos marcas que sejam autenticas e tenham um propósito – Sabe aquele tênis que parece simples, mas que ajuda uma causa social? Já viu aquela camiseta de super-herói que é mais cara que outras e mesmo assim é um sucesso de vendas? Então… nós queremos ter um propósito. Queremos marcas que mostrem suas verdadeiras caras, que tenham postura, que promovam um estilo único. Existem milhares de produtos e serviços ao nosso alcance. Então, quando escolhemos, queremos ter a certeza de estar escolhendo (no meio de tantos) aquele que realmente tem a ver com nossas ideias.

 

Lembre-se dos maiores desejos e anseios dessa geração

Conexão

Diversidade

Cuidados com o meio ambiente

Viver primeiro, trabalho depois

Aprimoramento profissional

Encontrar tempo para família e amigos

Em busca de experiências

Desejo de conhecer novas culturas e lugares

Autenticidade

Liberdade de expressão

Qualidade, bom preço e serviço rápido

 

Alguns dados sobre a Geração Y

Em 2020, 35% da força de trabalho estará na mão deles de acordo com o estudo Millennial Carreers: 2020 Vision, do Manpower Group.

Um estudo mostrou que 80% dos millennials querem que as marcas os entretenham, 40% querem participar ou co-criar produtos e marcas e 70% sentem a necessidade de compartilhar feedbacks com empresas após uma boa ou má experiência.

Em 2016 havia 71 milhões de Millennials nos EUA e 74 milhões de Baby Boomers (aqueles nascidos no pós-guerra e entre as décadas de 50 e 60). Mas, segundo uma pesquisa do Pew Research, em 2019 haverá mais gente da Geração Y do que dos Boomers.

Hoje, 25% da geração Y são pais, e 53% das famílias de geração Y tem filhos morando com elas.

56% dos geração Y relatam que normalmente são uns dos primeiros de seu grupo social a testar e comprar novas tecnologias.

De acordo com o HubSpot, 84% dos millennials não confiam em propaganda tradicional.

De acordo com os dados da Nielsen, os millennials usam smartphones com mais frequência do que qualquer outro grupo de idade.

De acordo com a Forbes, 62% dizem que eles estão mais propensos a se tornarem consumidores se aquela marca interage e se envolve com eles pessoalmente pelas redes sociais.

De acordo com o Millennial Marketing, Millennials são criadores de conteúdo. 46% deles postam fotos e vídeos originais online.

Um estudo da Oracle dizia que os Millennials teriam um poder de compra superior a $3.3 trilhões em 2018.

A minha última dica é: ouça mais e fale menos. Entenda o que esse público quer e use isso a seu favor. Pesquise! Se seu negócio sempre buscar ouvir e entender o que seus clientes desejam, não importa qual seja a geração para a qual você se comunique, sempre terá sucesso.

 

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Guilherme Santos: Formado em Publicidade e Propaganda e pós-graduando em Mídias Sociais e Marketing Digital, atua na área de comunicação desde 2007 e escreve uma coluna semanal no Jornal de Laguna desde 2014. Fundou, juntamente com um sócio, em 2015 a startup Crush Design, especializada na criação e venda de móveis em formato digital. Também tem uma empresa de marketing e publicidade, que hoje se chama Gui Santos PRO, e é especializada em redação e criação de conteúdo. Também executa serviços de social media e design gráfico para diversos clientes.

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